sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

maquinaria

A engrenagem do mundo não para, para ver o azul, nem sabe da economia do ócio. Ela nos quer dentro das coisas materiais e profetizadas, enquanto eu sigo querendo a heresia do viver. Carrego a existência por cima do ombro esquerdo e às vezes, ela tem o gosto da lágrima salgada de uma criança. Da felicidade espero apenas a brevidade das folhas que só permanecem para caírem na próxima estação: o pôr-do-sol durou apenas sete minutos. O sustenido do instante seguinte na nota do tempo foi à engrenagem da existência, não me permitindo deixar de sentir estar no mundo, navegar no desconhecido de mim mesma e afundar de uma só vez, no meu próprio núcleo.

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