sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

como pode-se ser feliz nessa vida fugindo desta própria? °°°

pequenos prazeres:

Gosto de observar a marca do batom vermelho, que distraidamente, fica no cigarro dela, e de pousar minhas mãos em seu quadril para acompanhar o ritmo/movimento. Música no escuro e quadris.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Delírio

Mantendo-se confusa
querendo aproveitar os milésimos de segundos
esquecendo-se que também precisa de horas a serem dormidas
e acima de tudo, de horas a serem perdidas.
Ela insiste em dar as costas para o sentido
só lhe importa agora o desconhecido.
O novo nunca lhe fascinou tanto como agora
Os loucos nunca lhe renderam tanto aprendizado
O simples nunca pareceu tão complexo
Os desejos tão inegáveis.
Provando de todos os sabores, dores e nostalgia possíveis
Ignorando os efeitos colaterais e principalmente
Ignorando o fato dela
ser eu.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

pão e circo

Sem morfina para aguentar a dor...

Desvio pensamentos,
mas as batidas do meu coração seguem rumo próprio.
Eu sei que jurei para mim mesma não deixar isso me abalar, mas o noticiário é diário
e minha lucidez, até então permanente.
Os copos de vinho, com altas taxas de nicotina contida nos cigarros-morfina
não são suficientemente eficazes para me anestesiar do mundo em que vivemos.
Sou lúcida.
Tampouco mudar o canal e ausentar-me das tragédias.
Sou lúcida.
Uma xícara de chá, por favor!
Vou mudar o canal da TV e o site de notícias que me enojam diariamente.
Espere...uma pausa!
E depois da morte, vem a notícia do carnaval
e os rostos, outrora, supostamente tristes ao transmitir em rede nacional a notícia da morte, têm agora um sorriso petrificado estampado.
Os pais da criança do noticiário prosseguem chorando...