segunda-feira, 11 de junho de 2012

Dance com a sua sombra

Há a diversidade e esta incute também a diferenciação de valores, ideais certos e errados, não tão distintos assim e o extremo de cada um deles.
A confiança vem apenas à luz do dia e de barreiras que te separam do seu verdadeiro ser, alguém que talvez nem você conheça, pois à noite, tudo o que te resta são os pensamentos e os sentires incontáveis vezes disfarçados durante o dia.
A distância não impede os pensamentos, mas vem armada contra a parte dos sentires que não se refere a isso, pois também faz-se necessário o toque, no qual há muita coisa envolvida que talvez, ironicamente, faz-nos chegar a um outro sentir que se difere daquele que só mora nas emoções que nós mesmos criamos no universo da mente.
Cada mente é um universo único e vezes, isolado. O consciente e subconsciente é apenas seu. O cérebro exercitando o racional e o emocional, a dor, a sensação de solidão, a vontade de esperança para você e para estas pessoas que assim como você só se conhecem ou chegam perto disso no escuro e no toque.
Porque eu só sou capaz de me conhecer com o estímulo de emoções, as quais eu devo apenas à você.
E agora o espelho não significa absolutamente nada quando só é capaz de te mostrar o reflexo, este além de não ter nem toque, nem sentires, ainda vai te projetar o que você tanto sonhou, fazê-lo passar ali, na sua cara, do lado inverso e assim como o céu, você jamais poderá tocá-lo. Ver e observar é tudo o que lhe resta enquanto, certamente, criará sentires sobre isso.
Você vai chorar de solidão aí e eu vou chorar de solidão aqui e no final, mesmo com a nossa presença nos sentiremos sós: os universos de cada pensamento jamais se cruzam inteiramente. Esse grande buraco branco iluminado pelo sol que te faz enxergar, também te cega.
Cegue-se e olhe para o lado, há mais órbitas girando e a existência é o peso que todas elas vão carregar, para sempre.
Baby, eu não consigo mais negar os sentimentos e minhas palavras forçadas vêm negando o que meus olhos não conseguem esconder: eu te amo.
Esse lance de amor-livre simplesmente não faz sentido se você está comigo.
Eu ouço a nossa música, ela voltou a tocar insistentemente, como um disco riscado, eu ainda vejo nosso amor espelhado em cada lágrima que chorei da última vez que te neguei.
A razão não me importa quando você me ama. A razão só quer que nos tornemos máquinas e quando o vento me toca, ah! eu não preciso entendê-lo, ele é o mesmo que te toca e isso me basta.
Idealizar um amor só o faz ainda mais distante. Você não é a perfeição, logo eu posso te alcançar. Sou humana como você e o fato de também não prestar só nos faz ainda mais nossos.
Você pode continuar fingindo, afinal, todos estão fingindo e negando o que no escuro fica inevitável: a nossa sempre vontade de se entregar e de morrer de amor. Eu morro. E revivo. Porque quando estou contigo sou toda essa vontade de viver sem saber bem o que é isso.Com você eu sou o amor. Por ele tenho morrido todos os dias e isso é o que me faz viver. Que morramos juntos e dessa vez, as luzes estarão acesas.