Suas mãos pelo meu corpo passeiam
Sou por você solapada
Os móveis se incendeiam
De arcaico, nós nada temos...
Pelos seus longos cabelos escondida
dos males da escuridão
A hora enfim chegou
Descongele, por favor, meu coração.
Fingir não posso eu
Que no príncipe de cavalo branco acredito
Você me anti-sepsiou
e dos micróbios das fábulas me livrou.
Mas você amava me odiar
Até ser eu a máscara que você usa
Acabou por concordar
ao sentimento contido não mais culpar.
Pelo calor dos teus braços enaltecida
Por seu amor encalacrada
Sim, agora estou decidida:
serei eternamente sua!
Quis eu o destino contrariar,
A mim fazer sofrer
A você matar
De mim mesma me esconder.
Do que fiz não me arrependo
Do teu peito a faca tirei
Lembra-se? Unidos pela eternidade;
No meu enfinquei...
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